17/03/2008

O nosso novo fado

Ó velho senhor dos oceanos,
O que te fez parar?
Será que ao fim de tantos anos,
Ganhaste medo do mar?
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Tenho o sangue de um povo aventureiro,
Não me amedrontam nem vagas nem marés,
Mas o destino mostrou-me outros caminhos:
Agora cruzo terra firme com os pés.
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Aventuro-me por reinos distantes,
Sou como as gaivotas quando saem para pescar,
Busco a sorte e o pão de cada dia,
Mas tal como parti também hei de voltar.
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Não sigas sempre as pegadas do destino.
Por vezes tens que remar contra a maré. Deixas-te guiar por terras longínquas, E Portugal está a merda que se vê.
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Enquanto buscas, português destemido,
Comem-te o país de lés a lés,
Se te perdes no caminho ficas sem terra,
E quando regressares, lá tens que ir tu outra vez.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ohhh Fado!
Não apoquentes + o espírito!
Do nosso sangue cravado
somos um povo de alma cheia.
Apenas...saboreia!

Tê primo!